PERFEITAMENTE BEM, O RETORNO DE BROCKHAMPTON
outubro 25, 2018
Em setembro, a boyband Brockhampton lançou o seu quarto álbum e oficializou o seu retorno ao cenário musical, após o adiar três vezes. Desde o seu início, Brockhampton nunca foi um grupo dentro dos padrões e eles não tem a intenção de ser muito cedo.
Tudo começou quando Kevin Abstract perguntou em um grupo do Kanye West se haviam pessoas interessadas em montar uma banda e 30 pessoas responderam. Entre indas e vindas, em 2015 se formou o que é conhecido hoje como Brockhampton com seus quinze integrantes. Os integrantes do grupo são de diversos locais dos Estados Unidos e do mundo, como Bearface que é irlandês e Jabari que é de Grenada.
Em 2017, Brockhampton lançou nada menos que três álbuns completos e diversos videoclipes, conhecido como a trilogia Saturation. A boyband ganhou visibilidade serem rappers se autonominando uma boyband, por terem um rapper gay em uma indústria claramente homofóbica e por darem vida a três álbuns em um ano sem nenhuma gravadora.
Já no início de 2018, eles anunciaram o seu próximo projeto que logo foi adiado, sendo substituído por outro projeto junto com o anúncio do contrato com a RCA Records, um selo da Sony. Em abril, o projeto foi também adiado devido a descoberta de assédio por um dos integrantes do grupo, Ameer. Na época, Brockhampton anunciou que estavam expulsando o integrante e cancelaram a turnê que estavam fazendo. Os próprios integrantes do grupo se manifestaram em suas redes repudiando o que aconteceu e dando apoio as vítimas que tiveram a força de contar o ocorrido. E todos acharam que Brockhampton havia terminado, assim como os integrantes também.
Em junho, o grupo anunciou que estariam no programa do Jimmy Fallon cantando uma música nova que haviam composto no Havaí durante o hiatus, e assim nasceu "Tonya". Durante o verão, Brockhampton lançou mais três músicas (1997 DIANA, 1998 TRUMAN e 1999 WILDFIRE) e anunciaram "iridescence" (gravado no Abbey Road Studios) para setembro, o primeiro álbum da trilogia The Best Years of Our Lives, junto com o lançamento de um documentário sobre esse processo chamado Longest Summer in America.
Se tem algo que a saída de Ameer trouxe para o grupo foi a sinceridade e apoio tanto entre eles quanto para os fãs de Brockhampton. Em diversas entrevistas, podemos ver os meninos falando em como eles tiveram que ser honestos uns com os outros para compor músicas e lidar com o que cada um estavam sentindo, uma vez que eles moram todos juntos e vão mudando de cidade conforme cada projeto. Estando em um ambiente hostil e machista como é o cenário da música rap, as músicas de Brockhampton tem um intuito diferente e maneira como os meninos do grupo são abertos quebram diversos esteriótipos desse universo.
Kevin Abstract é gay e em seus versos ele fala sobre aceitação, sobre o seu namorado, sobre a relação da sua família com a sua sexualidade e sobre como lidar com o sucesso repentino e a queda logo no começo. Dom McLennon fala sobre se distanciar da família para viver de música e sobre a depressão, com quem desenvolveu uma espécie de Síndrome de Estocolmo com a doença. Joba grita sobre pensamentos suicidas, causados pela depressão, e sobre não se sentir aceito nunca na sua vida. Merlyn Woods conta como ele estava em uma universidade boa com um futuro pela frente e desistiu para viver da música e como a família não aceitou essa sua decisão.
Atualmente, o grupo é formado por catorze integrantes, dentre eles: Kevin Abstract (também conhecido como líder não-oficial e diretor de vídeo), Matt Champion, Merlyn Woods, Joba, Bearface e DomMcLennon, que compõem e cantam, principalmente, apesar de ajudarem nas produções; Romil Hemnani, que mexe com as remixagens; Jabari e Kiko, que produzem as músicas; Roberto, web designer; HK, designer e diretor; Jon, que é o empresário do grupo; Ashlan, o fotógrafo; e Kevin Doan, o diretor criativo.
Em "iridescence", o grupo fala sobre o verão mais longo de suas vidas, sobre como eles tiveram que perceber que as coisas nem sempre são o que parecem, que eles tiveram que aprender a serem vulneráveis perto uns dos outros e quebrar os esteriótipos machistas para se apoiarem uns nos outros para eles não quebrarem dentro de si com a pressão do sucesso e do universo em torno deles. É um álbum vulnerável e sincero com uma esperança no final.
O álbum possui faixas agitadas e tristes, como "NEW ORLEANS" e "TONYA"; assim como faixas românticas como "SOMETHING ABOUT HIM", em que Kevin canta sobre seu namorado até faixas mais sinceras como "SAN MARCOS", "WEIGHT" e "TAPE", chegando a faixas agressivas como "J'OUVERT".
Brockhampton está longe de ser uma boyband perfeita, mas eles estão no caminho para quebrar as barreiras da indústria e deixar a sua marca com a sua sinceridade e aceitação no universo. "iridescence" mostra como eles estão disposto a serem honestos e contar as suas verdades sem se importar com o que os outros pensam ou acham o que eles deveriam fazer.
Nome: iridescence
Grupo: Brockhampton
Gravadora: RCA Records e Question Everything Inc.
Ano: 2018
Escute o álbum
Nota: neste post não foram compartilhados links para os trabalhos de Brockhampton antes da expulsão de Ameer Vann como forma de não apoiar o próprio -- até onde sabemos ele ainda possui direitos sobre as composições que está envolvido mesmo não fazendo mais parte do grupo.
Em 2017, Brockhampton lançou nada menos que três álbuns completos e diversos videoclipes, conhecido como a trilogia Saturation. A boyband ganhou visibilidade serem rappers se autonominando uma boyband, por terem um rapper gay em uma indústria claramente homofóbica e por darem vida a três álbuns em um ano sem nenhuma gravadora.
Já no início de 2018, eles anunciaram o seu próximo projeto que logo foi adiado, sendo substituído por outro projeto junto com o anúncio do contrato com a RCA Records, um selo da Sony. Em abril, o projeto foi também adiado devido a descoberta de assédio por um dos integrantes do grupo, Ameer. Na época, Brockhampton anunciou que estavam expulsando o integrante e cancelaram a turnê que estavam fazendo. Os próprios integrantes do grupo se manifestaram em suas redes repudiando o que aconteceu e dando apoio as vítimas que tiveram a força de contar o ocorrido. E todos acharam que Brockhampton havia terminado, assim como os integrantes também.
Em junho, o grupo anunciou que estariam no programa do Jimmy Fallon cantando uma música nova que haviam composto no Havaí durante o hiatus, e assim nasceu "Tonya". Durante o verão, Brockhampton lançou mais três músicas (1997 DIANA, 1998 TRUMAN e 1999 WILDFIRE) e anunciaram "iridescence" (gravado no Abbey Road Studios) para setembro, o primeiro álbum da trilogia The Best Years of Our Lives, junto com o lançamento de um documentário sobre esse processo chamado Longest Summer in America.
Se tem algo que a saída de Ameer trouxe para o grupo foi a sinceridade e apoio tanto entre eles quanto para os fãs de Brockhampton. Em diversas entrevistas, podemos ver os meninos falando em como eles tiveram que ser honestos uns com os outros para compor músicas e lidar com o que cada um estavam sentindo, uma vez que eles moram todos juntos e vão mudando de cidade conforme cada projeto. Estando em um ambiente hostil e machista como é o cenário da música rap, as músicas de Brockhampton tem um intuito diferente e maneira como os meninos do grupo são abertos quebram diversos esteriótipos desse universo.
Kevin Abstract é gay e em seus versos ele fala sobre aceitação, sobre o seu namorado, sobre a relação da sua família com a sua sexualidade e sobre como lidar com o sucesso repentino e a queda logo no começo. Dom McLennon fala sobre se distanciar da família para viver de música e sobre a depressão, com quem desenvolveu uma espécie de Síndrome de Estocolmo com a doença. Joba grita sobre pensamentos suicidas, causados pela depressão, e sobre não se sentir aceito nunca na sua vida. Merlyn Woods conta como ele estava em uma universidade boa com um futuro pela frente e desistiu para viver da música e como a família não aceitou essa sua decisão.
Atualmente, o grupo é formado por catorze integrantes, dentre eles: Kevin Abstract (também conhecido como líder não-oficial e diretor de vídeo), Matt Champion, Merlyn Woods, Joba, Bearface e DomMcLennon, que compõem e cantam, principalmente, apesar de ajudarem nas produções; Romil Hemnani, que mexe com as remixagens; Jabari e Kiko, que produzem as músicas; Roberto, web designer; HK, designer e diretor; Jon, que é o empresário do grupo; Ashlan, o fotógrafo; e Kevin Doan, o diretor criativo.
Em "iridescence", o grupo fala sobre o verão mais longo de suas vidas, sobre como eles tiveram que perceber que as coisas nem sempre são o que parecem, que eles tiveram que aprender a serem vulneráveis perto uns dos outros e quebrar os esteriótipos machistas para se apoiarem uns nos outros para eles não quebrarem dentro de si com a pressão do sucesso e do universo em torno deles. É um álbum vulnerável e sincero com uma esperança no final.
O álbum possui faixas agitadas e tristes, como "NEW ORLEANS" e "TONYA"; assim como faixas românticas como "SOMETHING ABOUT HIM", em que Kevin canta sobre seu namorado até faixas mais sinceras como "SAN MARCOS", "WEIGHT" e "TAPE", chegando a faixas agressivas como "J'OUVERT".
Brockhampton está longe de ser uma boyband perfeita, mas eles estão no caminho para quebrar as barreiras da indústria e deixar a sua marca com a sua sinceridade e aceitação no universo. "iridescence" mostra como eles estão disposto a serem honestos e contar as suas verdades sem se importar com o que os outros pensam ou acham o que eles deveriam fazer.
Nome: iridescence
Grupo: Brockhampton
Gravadora: RCA Records e Question Everything Inc.
Ano: 2018
Escute o álbum
Nota: neste post não foram compartilhados links para os trabalhos de Brockhampton antes da expulsão de Ameer Vann como forma de não apoiar o próprio -- até onde sabemos ele ainda possui direitos sobre as composições que está envolvido mesmo não fazendo mais parte do grupo.
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